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Quinze obras do artista plástico Carybé instaladas em Salvador tiveram processo de tombamento aberto pela Prefeitura, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM). A notificação da ação foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) e as peças estão regime de tombamento provisório até que haja o arquivamento do processo, por meio de parecer desfavorável, ou a publicação da homologação do Decreto de Tombamento.

O pedido partiu do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, a partir da indicação do então conselheiro do Instituto de Arquitetos da Bahia (IAB), Nivaldo Andrade. Ele lembra que, na segunda metade da década de 1940 até a década de 1960, houve uma intensa produção de painéis e murais artísticos na capital baiana realizado por diversos artistas, incluindo Carybé.

Essas obras são reconhecidas como “gentileza urbana”, mesmo quando localizadas em imóveis privados. A produção respondia à ideia da síntese das artes, presente no movimento moderno e que propôs a integração entre arte, arquitetura, paisagismo e urbanismo.

A partir daí, foi estabelecido um critério de seleção por Andrade, que recomendou a utilização, como referência, do mapeamento de murais e painéis artísticos de Salvador, realizado em 2009 pela professora Neila Maciel, para a Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB). Outros dois critérios também foram estabelecidos pela fundação para a ação, sendo um deles a variação de técnicas utilizadas por Carybé, como pinturas, entalhes em madeira e concreto. O outro item refere-se à temática da história da Bahia.

A diretora de Patrimônio e Humanidades da FGM, Milena Tavares, explica o motivo pelo qual a equipe técnica da fundação selecionou, inicialmente, as obras de artista argentino naturalizado brasileiro para tombamento. “Carybé atuou ativamente no período de 1950 a 1960, tendo a maior quantidade de painéis em edifícios da cidade, sendo observada, especialmente, a expressão temática, privilegiando elementos da identidade local e a sua qualidade artística”, pontua Milena.

Obras – A Prefeitura, por meio da FGM, vai restaurar o painel artístico que compõe uma das fachadas do Edifício Bráulio Xavier, voltada para a Praça Castro Alves – uma das 15 obras da lista de tombamento. Os demais paineis são:

– “Tupinambá”, integrado ao Edifício Tupinambá, no Canela;

– “As Mulheres e os Pássaros”, integrado ao Centro Empresarial Iguatemi;

– “Catharina Paraguaçu”, integrado ao Edifício Catharina Paraguaçu, na Graça;

– “Índios Guerreiros”, integrado ao Edifício Campo Grande, no campo Grande;

– “Orixás”, integrado ao Museu Afro-Brasileiro, na Antiga Faculdade de Medicina, no Terreiro de Jesus;

– “Fundação da Cidade do Salvador”, integrado ao Foyer do Teatro Castro Alves (TCA), no Campo Grande;

-“Panorama de Salvador”, integrado ao Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Classe II, no Pero Vaz;

– “As Três Raças”, integrado à fachada da Fundação Casa de Jorge Amado;

– “A Colonização do Brasil”, integrado à fachada do Edifício Desembargador Bráulio Xavier, na rua Chile;

– “Os Pescadores”, integrado ao Edifício Barão de Itapuã, na Barra;

– “Quetzalcoatl”, integrado ao Edifício Cidade de Ilhéus, no Comércio;

– “Progresso” e “Fundação de Salvador”, integrados ao Edifício Cidade de Salvador, no Comércio;

– “Espécies Marinhas”, integrado ao Edifício Labrás, no Comércio;

– “A Colonização do Brasil”, integrado à Agência do Banco Bradesco, na Rua Chile;

– “Bahia”, integrado ao Edifício Guilhermina, no Campo Grande.

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