Foto: Valter Pontes/Secom
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Nascida e criada entre surdos, pandeiros e tamborins, a artista trans Pocket Nery, rainha da Liga do Samba há quase uma década, será uma das participantes, na terça-feira (14), às 17h, de mais uma edição da roda de conversa “Patrimônio É…”. O evento acontecerá na Fundação Pierre Verger, na 2ª Travessa da Ladeira da Vila América, 6, no Engenho Velho de Brotas, e é aberto ao público.

Os encontros, promovidos pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), debatem sobre as principais expressões culturais soteropolitanas, resgatando e apontando novos caminhos. Desta vez, a proposta é lembrar que o samba junino surgiu nos terreiros e ganhou as ruas, retomando as atividades este mês, depois de dois anos sem a festa presencial.

A iniciativa terá ainda a participação de Nonato Sanskey, vice-presidente da Liga, e do compositor Tonho Matéria. A mediação será do historiador Murilo Mello, contando com apresentação, no formato pocket show, de muito samba duro. A atividade também será transmitida pelo canal da FGM no YouTube (www. youtube. com/ channel/ UCuY4L3rrfuCwAryRnsniPMg).

Documentário – Além de rainha da Liga do Samba e artista trans, Pocket Nery, aos 52 anos, é a estrela de um documentário biográfico, dirigido por Fabíola Aquino, com recurso da Lei Aldir Blanc.

“Convivo com o samba junino desde a infância. Lembro que ainda menina ouvia o samba começar e saía dançando pelas ruas do Alto das Pombas. Batalhei bastante para ser rainha do samba junino, mas sempre enfrentei barreiras culturais e preconceitos, até ser reconhecida”, conta Nery.

Liga – Fundador da Liga do Samba Junino e ex-presidente da entidade, criada em 2013, Nonato Sanskey, de 43 anos, destaca a importância do samba junino como manifestação cultural. “O nosso papel é fomentar ações e registrar agremiações, levando ao reconhecimento dessa arte, como patrimônio imaterial do município de Salvador”, explica.

Segundo Sanskey, o samba junino foi o responsável pelo desenvolvimento dos principais grupos, cantores, compositores e músicas icônicas da cultura baiana, a exemplo de sucessos de Sarajane, Timbalada, Ninha, dentre outros artistas e grupos, oriundos da manifestação cultural, nascida nos bairros da cidade.

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