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Profissionais como professores, cantores, atores e repórteres têm na voz uma importante ferramenta de trabalho. O que a maioria não sabe, ou não vê como prioridade, é que é preciso se atentar constantemente à saúde vocal. E os cuidados devem ser tanto de quem usa a voz para fins profissionais, como no dia a dia de qualquer pessoa.

Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para 2018, o Brasil deve registrar 7.670 novos casos de câncer de laringe este ano, sendo 6.390 em homens e 1.280 em mulheres. Na Bahia, a estimativa é de 440 novos casos, 390 em homens e 50 em mulheres.

É importante prestar atenção aos sinais de alerta que o corpo dá. O otorrinolaringologista Paulo Perazzo afirma que o principal sintoma para doenças nas cordas vocais é rouquidão persistente. “Qualquer rouquidão que perdure por mais de sete dias deve ser avaliada por um médico. Porque a rouquidão do torcedor que vai ao estádio, por exemplo, não dura mais do que 72h. E a causada por uma gripe também não dura mais de três dias”.

Além da rouquidão, o especialista chama atenção para sintomas como falta de ar, disfagia (dificuldade de engolir) e pigarro, que podem ser indícios de doenças. Quanto mais cedo o câncer de laringe e outras doenças que acometem as cordas vocais forem diagnosticadas, maiores serão as chances de cura.

Uma das formas mais eficientes de diagnóstico é pelo exame de Videonasolaringoscopia, sendo o de maior precisão, o que é realizado com o aparelho que possui um “chip” na ponta, gerando uma imagem digital da laringe com grande resolução. Novidade em Salvador, o único equipamento existente na cidade fica localizado na clínica Otorrino Center, no Itaigara, onde o Dr.Paulo Perazzo colabora no atendimento. O exame pode ser feito em quase todas as idades, em geral apenas com aplicação de anestesia tópica no nariz.

Após o diagnóstico, o tratamento varia de acordo com a gravidade do caso. “Nos casos mais simples, repouso vocal e ingestão de água. Outro tipo de tratamento é a fonoterapia, que são exercícios passados pela fonoaudióloga. Há também os medicamentos. Se for uma laringite causada por bactérias, são indicados antibióticos. Se a causa for edema, são indicados anti-inflamatório e corticoide. Por último, nos casos mais graves, vem as fonocirurgias”, explica o médico.

Para evitar doenças nas cordas vocais, o profissional orienta que as pessoas devem falar baixo e pausadamente e realizar “repouso entre as falas, na medida do possível, e não esquecer de beber bastante água”.

*Paulo Perazzo – Graduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia; Doutor em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo; Mestre em Medicina (Otorrinolaringologia) pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; Professor adjunto na Universidade do Estado da Bahia; Diretor-médico do Day Hospital Luis Pasteur – Clínica Otorrino Center, em Salvador, e do Hospital Otorrinos, em Feira de Santana.

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