Foto: Camila Souza/GOVBA
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Comunidades de candomblé da região de Paripe, no subúrbio ferroviário de Salvador, recebeu três mil máscaras de proteção, em ação realizada na Associação Comunitária S.O.S Paripe contra o coronavírus. A ação promovida pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado (Setre) conta com a parceria da Federação das Associações de Bairros de Salvador (Fabs) e do grupo religioso Ogans, Xicarangomas e Rontós – Filhos dos Orixás, que produziu os artefatos. As máscaras são resultado do projeto ‘Trabalhando em Rede no Combate ao Coronavírus’, que prevê a produção de 2 milhões de máscaras, em quatro polos distribuídos no território baiano.

A assessora especial da Setre, Lívia Borges, informa que as três mil máscaras distribuídas em Paripe estão contemplando 30 terreiros. “Essas máscaras são o resultado de uma parceria entre a Setre e o Ministério Público do Trabalho, que estão investindo R$ 3,6 milhões proveniente do Fundo da Promoção do Tabalho Decente. Um milhão de máscaras já foram distribuídas, beneficiando 190 municípios. Além de prevenir contra o coronavírus, a ação também gera renda para cerca de 600 mulheres, que são chefes de família e criam seus filhos sozinhas, e que com a pandemia ficaram sem trabalho”.

A ebomi Carolina de Oxumarê, do Ile Axé Arimasun, fala sobre a contribuição que as máscaras representam. “Essas máscaras são importantes para podermos nos prevenir e também como um cuidado com as outras pessoas. Nós vamos distribuir as máscaras para 40 membros do nosso grupo, pais de santo, filhos e filhas. Se não recebêssemos, teríamos que ter essa despesa a mais, nesse momento tão difícil, em que muitos de nós não estão trabalhando”.

A coordenadora da Fabs, Aline Lima, fala sobre a importância da distribuição de máscara para as associações de bairro de Salvador. “Cerca de 70 associações já foram beneficiadas e queremos chegar a 200 associações ou lideranças comunitárias. Ação específica de hoje é com os Filhos de Orixás, uma associação de ogans aqui da comunidade de Paripe. A ideia é atender essa comunidade do axé, que vive essa realidade mais dura”. Renivaldo dos Anjos é representante do grupo de ogans Xicarangomas e Rontós, que produziu as máscaras distribuídas em Paripe. “Além de ser um trabalho importante para proteger o povo de axé Contra esse vírus, a gente está gerando renda para cerca de três mil pessoas”.

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