Facebook
Twitter
Google+
Follow by Email

Com queda média de 52% da arrecadação devido à pandemia, as cooperativas de reciclagem de Salvador enfrentam dificuldades de pagar contas e distribuir renda entre seus cooperados. Diante desta situação a startup SOLOS, que atua há quatro anos com resíduos, mobilizou representantes da sociedade civil, negócios de impacto e das próprias cooperativas, para se unir através do coletivo CooReciclo, e ajudar no sustento desta categoria. Juntos lançaram a campanha A Coleta Não Pode Parar, que visa arrecadar R$50 mil para custear despesas dessas instituições.

“Esse recurso garante que as cooperativas paguem suas contas em dia e tenham dinheiro em caixa para pagar os cooperados. Normalmente, esse pagamento é feito com base no rendimento do trabalho de cada um mas que durante a pandemia está comprometido”, explica Saville Alves, fundadora da Solos, acrescentando que a renda média de cada trabalhador é de R$ 400 por mês.

A iniciativa beneficiará 100 catadores de três cooperativas: Cooperguary, em Periperi, Camapet, no Caminho de Areia, e CAEC, na BR-324. “Esta ação veio para tirar a gente do sufoco. A nossa expectativa é que as pessoas se sensibilizam com a situação que vivemos hoje e doem muito”, comenta Genivaldo Ribeiro, mais conhecido como Tico, representante da Cooperguary. “A gente sabe que campanha para pedir não é fácil. É preciso coragem, expertise e credibilidade. E vejo que reunimos uma galera que tem tudo isso”, finaliza.

O projeto foi selecionado para receber o apoio metodológico da Rede Nossas cidades, organização sem fins lucrativos que fomenta redes de mobilização para articular atores sociais com ferramentas ativistas, e também para participar do fundo Enfrente da plataforma Benfeitoria, em que a cada R$1,00 doado o fundo colocará mais R$2,00, favorecendo a captação mais rápida pelo projeto. A campanha, tem duração de 30 dias, com previsão de encerramento em 18 de junho. Interessados podem doar através do site www.benfeitoria.com/acoletanaopodeparar.

Além do auxílio às cooperativas e catadores, a ação também tem o intuito de evidenciar a importância da reciclagem na Bahia. “Quando a pandemia terminar, precisamos enxergar que temos que seguir um novo normal, com parâmetros diferentes. Não podemos voltar ao mesmo modelo de consumo e descarte sem se preocupar com os impactos disso nas nossas vidas, sobretudo dos mais vulneráveis. A pandemia mostrou como interferimos negativamente na natureza e os efeitos positivos do freio do consumo em alguns setores. Quando voltarmos para as ruas, não podemos agir da mesma forma, é fundamental ter consciência dos nossos atos e a reciclagem é uma forma significativa de ajudar. Cada cidadão pode agir individualmente e até mesmo mobilizar seus vizinhos para implantar atitudes positivas e responsáveis”, pontua Saville.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *