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Centro de Acolhimento da Mulher - foto Silvio Tito (11)Neste último dia de Carnaval, a Superintendente de Política para as Mulheres fez um balanço positivo em relação ao número de casos de violência registrados pela equipe do Observatório da Discriminação Racial, LGBT e Violência contra a Mulher nos circuitos da folia este ano. Segundo a superintendente Mônica Kalile, até o momento 608 casos foram observados. Se o número se mantiver até o final da folia, será inferior aos 780 verificados no ano passado.
Também foram registrados 524 casos de mulheres em situação de vulnerabilidade social e 46 de descumprimentos ao Estatuto do Carnaval. “Espero que o número seja reduzido. Positivamente, acho que o Carnaval está sendo diferente esse ano. Ontem estive no Afoxé Filhos de Gandhy, panfletando e entregando adesivos e não notei nenhum beijo forçado. Eles estão de nota mil”, disse Kalile.
A população também tem abraçado a campanha. O WhatsApp de denúncias do Observatório, lançado este ano pela Prefeitura por meio da SPM, recebeu 1023 mensagens. Dentre elas, 817 foram de elogios pela iniciativa. E as outras 204 denunciavam um comentário feito por Léo Santana na noite de sábado e que, segundo foliões, teve cunho homofóbico. Além de monitorar e registrar as agressões contra mulheres para a realização de ações futuras, equipes do Observatório e da SPM entregam panfletos, abanadores e adesivos com mensagens educativas nos dois circuitos do Carnaval
Ocorrências – Equipes do Centro de Referência de Atenção à Mulher Loreta Valadares estão de plantão nas duas Delegacias Especiais de Atenção à Mulher até este fim de Carnaval. Segundo a superintendente Mônica Kalile, os números se mantêm estáveis em relação ao ano passado e não houve presos por agressão à mulher. Diante das ações do Observatório, nenhuma mulher foi encaminhada à casa de acolhimento às vítimas de violência disponibilizada de forma inédita no Garcia pela Secretaria de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza (Semps).
Inaugurado este ano, o espaço tem capacidade para atender 50 mulheres e conta com uma equipe multidisciplinar composta por 15 profissionais, dentre eles psicólogos, assistentes sociais, educadores e coordenadores. O titular da Semps, Bruno Reis, fez um apelo para que as mulheres denunciem casos de violência. “Me entristece muito o caso de agressão ocorrido na última sexta-feira. Estamos trabalhando para oferecer proteção integral e aproveito para pedir a essas mulheres que procurem os órgãos competentes”.