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02_12_15_Pref ACM Neto_Hospital de Cajazeiras_foto Valter Pontes_AGECOM3Depois de décadas de espera, a população de Salvador contará finalmente com o primeiro hospital construído com recursos municipais, que ajudará a desafogar a intensa demanda por leitos seja nas unidades filantrópicas ou na rede estadual. O edital de licitação para escolha da empresa que executará as obras foi lançado pelo prefeito ACM Neto, ao lado do secretário municipal de Saúde, José Antonio Rodrigues Alves, em cerimônia realizada nesta quarta-feira (2), no Palácio Thomé de Souza. Também estiveram presentes a vice-prefeita Célia Sacramento e o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, entre outras autoridades.

Na ocasião também foram apresentados os detalhes do projeto do hospital, que será instalado no bairro da Boca da Mata, pertencente ao Distrito Sanitário Cajazeiras, e contará com investimento de R$120 milhões. A expectativa é de que a ordem de serviço seja assinada em março e a obra, que será realizada por meio do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), seja concluída no fim de 2017.

De acordo com o secretário Rodrigues Alves, a estimativa é de que sejam atendidos até 60 mil pacientes por mês e o acesso ao hospital poderá ser feito através de dois dos principais corredores viários da cidade: a BR-324 e a Avenida Luiz Viana (Paralela). O hospital intensificará a oferta do serviço de urgência e emergência, além de estar integrado às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Itapuã e, futuramente, as de São Cristóvão, Pirajá e Paripe.

Ainda segundo o secretário, o Hospital Municipal de Salvador terá uma base do Samu, que também integrada às demais localizadas em diferentes pontos da cidade. “Com essa iniciativa, vamos qualificar ainda mais a rede de saúde e atendimento à população. A atual gestão tem investido pesado para melhorar a saúde da cidade, e essa é uma prioridade constante do prefeito ACM Neto”, pontuou.

Avanços – O prefeito lembrou que há três anos a capital baiana possuía os piores indicadores na área da saúde no Brasil, com cobertura de menos de 18% da população, além da ausência de rede de urgência e emergência e estrutura existente completamente abandonada. Hoje, após quase três anos da atual gestão, o cenário já é outro, com avanços claros e conquistas históricas.

“A primeira tarefa foi recuperar a rede já instalada – ontem mesmo foi reinaugurada a Unidade de Saúde da Família de Canabrava completamente reformada, a 107ª entregue desde 2013. A segunda tarefa foi ampliar o serviço de atenção básica, com a instalação do dobro do número de equipes de saúde da família em Salvador. A terceira tarefa foi a ampliação do serviço de urgência e emergência, no qual hoje já há cinco UPAs em funcionamento e, até 2016, nove estarão à disposição da população. No entanto, o passo mais significativo está sendo dado com a implantação do Hospital Municipal de Salvador”, relatou ACM Neto, completando ainda que estarão disponíveis cinco Multicentros especializados para exames e consultas.

O prefeito também salientou que o investimento em saúde este ano superou em R$130 milhões o índice estabelecido pela Constituição Federal, e que a construção do hospital só está sendo possível devido à organização financeira feita pela Prefeitura. “A medida onerou muito os cofres municipais, pois o governo federal não cumpriu o papel de requalificação da estrutura de urgência e emergência. No entanto, nossa maior obrigação é cuidar da vida das pessoas”. Ele ainda explicou que a escolha do local para construção do Hospital Municipal de Salvador foi realizada considerando uma área que possui maior demanda reprimida e onde a cidade está em expansão. “Será um hospital moderno e servirá como referência”.

Estrutura – O Hospital Municipal de Salvador terá 12 mil m² de área construída, de um total de 17 mil m². A unidade contará com consultórios nas áreas de cardiologia, cirurgia geral, neurologia, cirurgia pediátrica, pediatria, médico generalista, ortopedia e traumatologia, serviço social e pré-consulta de enfermagem, sala da coordenação e sala de atendimento. A estrutura ofertará serviços de hospital dia, emergência 24 horas, internação, bioimagem e exames laboratoriais, apoio pós-alta médica e, ainda, abrigará uma base do Samu.

O hospital dia será composto por ambulatório, endoscopia e centro cirúrgico.  O ambulatório terá consultório de cirurgia, consultório de anestesia e pré-consulta de enfermagem. Já o setor de endoscopia contará com três salas de exames, dois boxes de preparo e repouso com oito poltronas. Por fim, o centro cirúrgico será composto por duas salas de pequenas cirurgias e doze leitos de recuperação pós-anestésica.

A emergência 24 horas promoverá atendimento seguindo Protocolo de Manchester, com realização de acolhimento, classificação de risco, consulta de enfermagem e consulta médica. Em seguida, o paciente será encaminhado para atendimento específico, que pode ser inalação, curativos, sutura e aplicação de medicamentos. Serão 20 leitos de observação adulto e dez leitos de observação pediátrica.

A internação contará com 180 leitos, sendo 150 leitos para atendimento geral e 30 leitos pediátricos. Já a internação intensiva terá 30 leitos, sendo 20 leitos de UTI para adultos e dez leitos UTI para crianças. O setor de bioimagem funcionará 24 horas, com os serviços de exames de raio X digital, exames de ultrassom com doppler, ecocardiograma, eletrocardiograma, eletromiograma, eletroencefalograma, tomografia e ressonância.

Demais serviços – A área de patologia clínica também funcionará ininterruptamente com coleta adulto e pediátrica, bioquímica, hematologia, parasitologia, urianálise, microbiologia, coleta, estoque e compatibilização. O centro cirúrgico engloba as áreas de neurocirurgia, traumaortopedia, cirurgia geral, indução e recuperação anestésica, seis salas de cirurgia (duas médias e quatro grandes), sala de apoio a cirurgias especializadas e sala de biópsia de congelação.

As unidades de apoio técnico e logístico contarão com serviço de nutrição e dietética, nutrição enteral, lactário, farmácia e nutrição parenteral, centro de material esterilizado, setor de documentação e informação, serviços administrativos e processamento de roupa, que será terceirizado, dentre outros itens.

O paciente também contará com o serviço de apoio após a alta médica, realizado por meio de uma equipe de atendimento domiciliar, vinculada ao hospital e que vai promover a continuidade do tratamento em casa, com orientação também para familiares ou acompanhantes. A expectativa é de que sejam atendidos até 60 mil pacientes por mês.