Atualmente nos deparamos com inúmeros relatos, de ditos especialistas, em querer buscar uma solução para os problemas da Segurança Pública em nosso País; Porém, a grande maioria, não cita a causa principal.
Alguns falam em que o governo deve adotar medidas de: controle da natalidade, melhoria na saúde, geração de emprego, dentre tantas outras; Porém, infelizmente, ninguém tem a coragem, seja por medo, falta de conhecimento ou por aspirações políticas, de abordar o principal motivo que é: “A ausência de valorização do Policial”.
Em outros países, como nos Estados Unidos, nos deparamos com um policial totalmente valorizado, bem remunerado, reconhecido e preparado para desempenhar suas funções. Estes atributos, são proporcionados pelos governos dando, acima de tudo, condições e meios para que eles possam defender e proteger a sociedade. Em contra partida, vemos que as populações desses países, além de valorizarem seus agentes da lei, os respeitam.
Trazendo este assunto para a nossa realidade, nos estarrece. Em nosso país, o governo sempre deixa a questão da Segurança Pública em último plano, não reconhecendo seu policial como deveria nas seguintes formas: Salários “pífios”, Falta de treinamento adequado, Insuficiência de efetivo, Carência de estruturas de trabalho e acima de tudo deixando-o ser criticado pela imprensa em situações em que atuam para proteger a própria sociedade.
O policial em inúmeras vezes é discriminado por parte da população, que nem mesmo tem noção do quanto este arrisca sua vida no desempenho de sua função, bem como “luta” para conseguir manter sua família com uma remuneração totalmente defasada.
O que mais nos entristece é ver um cidadão afirmar que não confia mais na polícia; Inicialmente este pensamento é estimulado pelo próprio governo que não valoriza seus “homens da lei”, segundo por uma própria cultura “tupiniquim” em que o policial é tido como um servidor público de 5ª categoria. Um Absurdo !
Não vamos ser levianos em deixar de afirmar que, como em todas profissões, existem “bons” e “maus” servidores públicos, sendo que na esfera policial não é diferente; Porém afirmar que a “grande maioria” são avessos ao principio da honestidade é uma grande mentira, que infelizmente o governo não “retruca” e não protege seu policial, contra essas inverdades.
Quando abordamos os problemas enfrentados pelo policial, não estamos falando somente da questão salarial, e sim da gestão governamental em disponibilizar uma estrutura mínima de trabalho, o que não vemos atualmente. O cidadão deve ter a consciência que o responsável pela “Insegurança Pública” em que vivemos é o governo, e não nós trabalhadores. Os Governantes não tem a coragem de assumir esta responsabilidade e, diante disso, por questões midiáticas e como forma de se eximirem da sua responsabilidade, vem a querer nos condenar como “coautores” de sua falta irresponsabilidade e ingerência institucional.
A nossa Constituição Federal, bem nos traz em seu art. 144: “A segurança pública é dever do estado…”; porém é de entristecer como os gestores governamentais tornam-se analfabetos em ler este artigo, e sendo “letrados” para muito bem ler, entender e por em prática outros que o bem convier.
É “inadmissível” um delegado de polícia exercer suas funções com carência de efetivo policial (investigadores e escrivães), delegacias que mais parecem mini presídios, falta de viaturas, armamentos inadequados, chegando até mesmo a não terem nem material administrativo, tais como papel e um simples grampeador.
Vendo o lado do investigador e escrivão, é um absurdo, os mesmos terem que ficar exercendo as funções de “carcereiros”, dentro das delegacias, nas quais as custódias estão abarrotadas de presos. Estes criminosos deveriam estar no sistema prisional, e não estão por motivos de não terem vagas disponíveis, fazendo com que as circunscrições policiais, tenham que assumir este papel.
Colocar o policial para “tomar conta de preso” é uma prova cabal de desvio de função, uma vez que a guarda e custódia destes cabe tão somente ao sistema penitenciário e nãos aos policiais, gerando prejuízo às investigações, ou seja, a não elucidação dos crimes.
Quando passamos a analisar a órbita do Policial Militar, nos deparamos com cenas “dantescas”. O militar além de “sofrer” com baixos salários, também tem a falta de estrutura e principalmente carência de efetivo, como questões negativas ao desempenho de sua atividade. Prova disso são os vários assaltos ocorridos em cidades interioranas em que muitas não possuem mais que dois ou três Policiais Militares. Deve-se ter em mente que o PM é a linha de frente no combate a criminalidade (Policia Ostensiva) que visa prevenir o cometimento da infração penal; diferente da policia civil que é a polícia investigativa (atua após o cometimento do ilícito penal na busca da autoria e materialidade); ou seja, uma complementa a outra.
Então querido cidadão, espero que você mude seu pensamento e sempre ao ver um agente da Lei, pense da seguinte forma: “O policial é o seu melhor amigo e merece ser valorizado e respeitado”.