A desculpa de reduzir os gastos públicos é usada agora pelo governo interino de Michel Temer para acabar com as ações da Justiça do Trabalho. Os movimentos sociais estão de olho e se preparam para um grande ato na Bahia.
A manifestação, que tem apoio do Sindicato da Bahia, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Amatra/BA (Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da Bahia) e outras entidades, acontece segunda-feira (11/07), às 9h, em frente à Justiça do Trabalho, no Comércio.
O sufocamento das ações da Justiça foi feito através do corte de 70% (mais de R$ 880 milhões) das verbas destinadas após aprovação da LOA (Lei do Orçamento Anual) em fevereiro. O presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos, alerta que reduzir o papel da Justiça do Trabalho só beneficia as grandes empresas, que diariamente sonegam os direitos trabalhistas.
A alternativa para conter os gastos, para o presidente, deve ser outra. “O primeiro passo é enfrentar o gargalo do endividamento com o sistema financeiro que se beneficia de uma Selic alta”. De fato, a asfixia dos recursos para a Justiça só tem um argumento: facilitar a retirada dos direitos dos trabalhadores. E isso, o Sindicato não vai aceitar.
“Enquanto atividades essenciais são asfixiadas pelo discurso do ajuste fiscal, o governo continua transferindo bilhões de reais todos os meses para honrar a dívida com bancos, indexadas pela maior taxa de juros do planeta. O primeiro passo para melhorar as contas públicas é enfrentar o gargalo do endividamento com o sistema financeiro que se beneficia de uma SELIC alta. Reduzir o papel da justiça do trabalho só beneficia os poderosos que diariamente sonegam direitos trabalhistas. Não vamos aceitar!” Augusto Vasconcelos


