Projeto: Pretos de sucesso – superando as adversidades Público alvo: discentes, docentes, pais e comunidades adjacentes
Apresentação
128 anos após a lei Áurea, o Brasil ainda vive os estigmas de um passado maculado pela escravidão humana. Os veículos de comunicação têm noticiado com alguma frequência casos de descriminação racial que, além de revelar uma ferida resistente à cicatrização, faz ressurgir a discussão em torno da famigerada ideia da democracia racial e convida à desconstrução do falacioso discurso de meritocracia.
Em um país em que a desigualdade social ainda é uma questão de cor, discutir temas que abordem a historicidade da população preta é o caminho mais acertado para a superação desse problema social. É valendo-se de uma metodologia dialética de embate e consenso que vislumbramos uma sociedade suficientemente madura para por em prática o principio constitucional da isonomia.
O Estado brasileiro tem, ao longo de anos e de demasiadas lutas e reivindicações do povo preto, constituído formas de reparação social, a fim de inserir de forma equacional os indivíduos sociais historicamente excluídos numa sociedade de direitos e deveres. A lei 10.639/03, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", ratifica esses esforços.
Entendemos, entretanto, que a promulgação da lei precisa vincular-se à sua execução, e que, nesse sentido, sãos as instituições de ensino conjuntamente com o seu corpo docente que gozam da prerrogativa de sua efetivação. São os professores, formadores sociais de todas as profissões, que devem corroborar para que lei não caia em desuso e que o objetivo maior dessa seja plenamente alcançado.
O presente projeto pretende, por meio da ludicidade e da construção crítica/analítica, apresentar aos alunos do Instituto Social Pindorama conhecimentos acerca da trajetória do povo preto, mas, sobretudo, referências de sucesso, no passado e no presente, de pretos e pretas que, superando as adversidades, conseguiram ocupar espaços até então inacessíveis. Pretende-se com isso elevar a autoestima de nossos alunos socialmente lidos como pretos, mostrando-lhes que são eles capazes de tornar realizáveis suas pretensões pessoais e profissionais.
Culminância
A finalização do projeto acontecerá no último sábado do mês de outubro, 29/10, no turno matutino.
A culminância será dividida em dois momentos:
Primeiro momento: das 8:00 às 9:40h,
* Abertura: Banda Tallowah + Espetáculo de dança com Kal Lopes
* Alguns alunos mediarão um simpósio, onde pessoas convidadas falarão sobre suas histórias de superação e sucesso.
– Convidados:
* Kal Lopes – Educadora de dança afro;
* Rejane Maya = Atriz (Bando do Teatro Olodum)
* Vocalista Ivan(Busta) – Banda Tallowah;
* Claudia Santos = Socióloga
* Ivana Magalhães = Artista plástica
* Andvan Ribeiro = Jogador de basquete
* Coffee-break: 9:40 às 10:00h
Segundo momento: das 10:00 às 11:30h, alunos apresentarão a parte artística do projeto.
Obs.: Durante toda a manhã teremos dois stands:
1- Espaços informativos com vários panfletos relacionados ao racismo, violência à mulher, entre outros.
2- Uma instituição vendendo objetos para o Hospital Martagão Gesteira.
Responsáveis: Coordenadora Leila e Lilian