
Percussionista do bloco desde 2006, quando foi indicada por uma amiga para participar do grupo, a comunicóloga Suzana Batista revelou que o principal elemento para ser filha de Gandhy é não deixar faltar alegria. “Temos os colares, o turbante e os instrumentos mas o que não pode faltar é o sorriso no rosto. Nós vamos para a rua pra levar axé aos corações”. Entre os instrumentos que ela toca estão xequerê, agogô e atabaque.

Para ser uma integrante do bloco também é preciso muita disciplina. Os ensaios acontecem uma vez por semana durante duas horas. Além disso, as meninas desfilam uma vez por mês nas ruas do Centro Histórico atraindo os olhares de turistas e baianos. “A gente faz uma verdadeira festa e vai arrastando gente por onde passamos. Os ensaios são intensificados em outubro para que saia tudo certo no Carnaval e ver as pessoas encantadas com a nossa passagem é maravilhoso”, disse dona Isolina.
De acordo com a produção do bloco, além das percussionistas, cerca de 400 associadas se uniram ao grupo durante o percurso no Circuito Batatinha, na noite de ontem. Já amanhã e na terça-feira a expectativa é que esse número atinge mais de 800 mulheres.
A vice-presidente da entidade, Gessy Gesse, parabenizou a decisão do prefeito ACM Neto em impulsionar o Carnaval para o público pipoca. “Havíamos perdido as origens do nosso Carnaval. O incentivo aos blocos sem cordas é um resgate da nossa história. Ainda quero estar viva para ver o Carnaval voltar a ser como era antes. Quando as pessoas se divertem na pipoca elas chegam com o coração mais aberto e isso se reflete até na queda nos índices de violência”, apostou.