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Coordenadora de enfermagem da unidade de terapia intensiva (UTI) cirúrgica do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), a enfermeira Indaiane Abade recebeu, em evento do projeto ‘Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil’, o selo de liderança de alto impacto. Dentre 120 líderes, 20 foram escolhidos. Em Salvador, apenas ela.

O projeto colaborativo ‘Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil’ é uma ação do Ministério da Saúde para unidades que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que possuem terapia intensiva adulto. A expectativa, conforme o plano, é reduzir em 50% as contaminações relacionadas à assistência à saúde no país.

“Desde junho de 2017, já trabalhávamos com a implantação da cultura de segurança. Com a seleção para o projeto, por já ser uma unidade que vinha desenvolvendo ações para envolver a equipe para prestar um cuidado seguro, ficamos como unidade piloto. Cada hospital é direcionado a um centro de excelência e o nosso é o Hospital do Coração, em São Paulo”, explica Indaiane.

Ela lembra que, a partir da primeira sessão de aprendizagem presencial (SAP), em novembro, o HGRS intensificou o trabalho com o público interno. “Para que a equipe entenda e abrace o projeto, passamos a ter conversas diárias e rondas corujão, para pegar o grupo da noite. Quando percebemos que nossas ações resultam em mudanças, divulgamos e sentamos para traçar novas rotas”, conta, acrescentando: “iniciamos a inserção da família na unidade fazendo trabalho humanístico de visita ampliada das 12 às 17 horas. Os familiares fazem uma pré-entrevista com a psicóloga e avisamos à equipe quem será o paciente eleito a ter a presença constante da família. Percebemos que, assim, criamos um ambiente mais seguro, sem medo por parte da família, que acaba compreendendo nossa rotina”.

Os profissionais são, ainda, ensinados a fazer mudanças para alcançar o objetivo de reduzir em até 50% os índices de contaminações relacionadas à infecção da corrente sanguínea associada ao uso de cateter venoso central e a pneumonia associada à ventilação mecânica. “Diariamente, rodamos pacotes de medidas para observarmos, entre outros aspectos, se a higiene oral é realmente feita três vezes ao dia. Devido a esse trabalho incansável, com foco nos processos, além de receber o selo, HGRS foi selecionado para fazer a sessão storyboard em evento realizado em São Paulo nos dias 23 e 24 de abril. Nela, apresentamos o que fizemos para os outros hospitais”, comemora a coordenadora de enfermagem.

Em quatro meses de processo, o Hospital Geral Roberto Santos reduziu taxas de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) de 25,02 para 19,73, o que significa uma queda de 21%.

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