Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo
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O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, esteve no Palácio da Alvorada neste sábado (19).

Segundo o jornal “O Globo”, Flávio e Jair Bolsonaro ficaram reunidos durante toda a manhã na residência oficial da Presidência da República, em Brasília.

O encontro aconteceu um dia após o Jornal Nacional informar que, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), foram encontrados depósitos suspeitos na conta do senador eleito que somam R$ 96 mil (leia detalhes mais abaixo).

O jornal “O Estado de S.Paulo” registrou o momento em que o senador eleito deixava a residência oficial de Bolsonaro (veja nas fotos desta reportagem).

O G1 procurou a assessoria da Presidência, que disse não ter como confirmar o encontro nem o que foi discutido pelos dois.

Depósitos na conta de Flávio
Nesta sexta (18), o Jornal Nacional mostrou que, de acordo com o Coaf, em um mês, foram quase 50 depósitos suspeitos em dinheiro numa conta de Flávio.

Entre junho e julho de 2017, diz o Coaf, foram registrados 48 depósitos em espécie na conta do senador eleito, concentrados no autoatendimento da agência bancária da Assembleia Legistativa do Rio de Janeiro(Alerj) e sempre no mesmo valor: R$ 2 mil.

O Jornal Nacional apurou que o relatório do Coaf foi pedido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro a partir das investigações sobre movimentações financeiras atípicas de assessores parlamentares da Alerj.

O ex-motorista de Flávio Bolsonaro Fabrício Queiroz, por exemplo, é um dos alvos da apuração. Segundo o Coaf, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em um ano. Além disso, nove servidores do gabinete de Flávio Bolsonaro depositavam dinheiro na conta de Queiroz em dias que coincidem com as datas de pagamento da Alerj.

Para os investigadores, essas transferências podem representar tentativa de ocultação do real dono do dinheiro.

Processo suspenso
Nesta semana, o ministro Luiz Fux, de plantão no Supremo Tribunal Federal, atendeu a um pedido de Flávio Bolsonaro e suspendeu as investigações sobre Fabrício Queiroz.

Flávio Bolsonaro argumentou que, ao investigar o caso de Queiroz, o Coaf criou um “atalho” e “burlou” as regras.

À colunista do G1 Andréia Sadi, Fux disse que suspendeu o processo porque as provas poderiam ser anuladas. Quando o Poder Judiciário retornar do recesso, o ministro Marco Aurélio, relator do pedido de Flávio Bolsonaro, analisará o tema.

Também ao Blog da Andréia Sadi, Marco Aurélio já disse que tem remetido “ao lixo” pedidos como o do senador eleito.

O ministro já enviou a instâncias inferiores 28 casos semelhantes aos de Flávio Bolsonaro.

G1

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