Sergio Cabral - Foto: Reprodução TV Globo
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O ex-governador do Rio Sérgio Cabral admitiu nesta segunda-feira (13) que recebeu R$ 5 milhões de um dos maiores fornecedores do estado no governo dele. Cabral disse que era caixa dois, mas um ex-secretário dele desmentiu.

Sérgio Cabral falou primeiro, Sérgio Côrtes depois, mas apesar de responderam praticamente às mesmas perguntas, não deram as mesmas respostas.

O juiz quis saber da relação do ex-governador com o empresário conhecido como Rei Arthur, um dos campeões em contratos com o governo dele e que está foragido da Justiça.

“Eu nunca cheguei para o empresário, seja o Arthur Soares, seja qualquer outro e disse ‘vai ter um contrato e vai me dar esse benefício’. Jamais. O Arthur Soares me ajudou em campanhas eleitorais e de maneira informal, caixa dois, R$ 5 milhões”, disse Cabral.

Sérgio Côrtes disse que a ajuda tinha um preço.

“O Sérgio Cabral que me apresentou ele. Disse que era o principal doador de campanha dele, que ele tinha diversos contratos com a secretaria, e que eles deveriam ser olhados com cuidado, com carinho”.

O juiz insistiu nos contratos com o Rei Arthur:

“O senhor pode consultar o senhor Wilson Risolia, o próprio Sérgio Côrtes, se mandei fazer algum reajuste, alguma coisa para o senhor Arthur Soares”, disse Cabral.

“Eu não atendi o Arthur Soares em diversas vezes, mas, em outras vezes, como em um projeto novo que ele tinha interesse, e que era possível, Arthur Soares foi atendido dentro da Secretaria de Saúde”, afirmou Côrtes.

Sérgio Cabral e Sérgio Côrtes fizeram parte do mesmo governo, ficaram presos na mesma cadeia, nunca esconderam o respeito e a admiração um pelo outro. Mas agora ninguém se arrisca a dizer como vai ficar essa amizade.

Agora, quando Sérgio Cabral nega a corrupção no governo:

“Eu errei ao obter recurso de maneira incorreta, ilegal, em nome das campanhas eleitorais que liderei, e que usei esses recursos. O que não fiz foi pedir propina. Agir como corrupto isso eu nunca agi”.

A reflexão de Sérgio Côrtes é uma demonstração de amizade?

“Ou a gente dissimula ou engana nossa consciência. É se autoconvencer e se enganar. Você estar recebendo propina e negar. Você está recebendo propina e está dizendo que está recendo outra coisa”.

Fonte: G1

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