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Jornalista e Radialista Rafael Albuquerque

O suburbano Rafael Albuquerque Lima, de 25 anos é formado em Jornalismo e hoje é um dos grandes destaques do jornalismo baiano no programa Se Liga Bocão na Rádio Itapoan e no site Bocão News. Ele é a prova de que mesmo com todas as dificuldades enfrentadas pelos suburbanos diariamente quando se luta o sucesso é garantido. Vamos conhecer agora um pouco da vida desse grande profissional.

 

Nelsinho –  O que levou você a estudar Jornalismo ?

 

Rafael – Eu sempre gostei de ler e escrever. Esses fatores foram fundamentais para eu escolher o jornalismo. Também era um sonho trabalhar em televisão, não que eu pense que comunicação se resume a isso. Unindo isso tudo, eu decidi optar pelo curso de comunicação social. Por incrível que pareça eu era extremamente tímido, e foi justamente na faculdade que perdi a vergonha de falar em público e na frente de câmeras.

 

Nelsinho – Nos conte um Momento marcante do seu curso?

 

Rafael – As disciplinas radiojornalismo e telejornalismo foram fundamentais para eu descobri o que eu quero para minha carreira profissional: rádio e TV. Gosto muito de escrever para o Bocão News, mas o contato com os ouvintes no Se Liga Bocão da Itapoan FM é muito legal. Sinto que essa troca de experiências e informações entre o comunicador e o ouvinte no dia-a-dia da rádio é muito mais enriquecedora do que eu simplesmente postar uma matéria na internet. A gente tem o retorno ali, na hora, e ao mesmo tempo temos que estar preparados para situações inesperadas e inusitadas.


Nelsinho – Você trabalhou durante um tempo no site Bahia Notícias. Lá foi seu primeiro emprego na área? Como partiu o convite ? O que levou você a se afastar ? 

 

Rafael – O Bahia Notícias foi para mim um dia o que o Bocão News é hoje: uma grande escola. Costumo dizer que a faculdade tenta te ensinar a ser jornalista, mas a prática é fundamental. Vou dar um exemplo. A faculdade te diz a melhor forma de conduzir uma entrevista, mas na prática vamos encontrar entrevistados e fontes com temperamentos completamente distintos. Vai ser o tato, aperfeiçoado com a experiência, quem vai nos ajudar a diferenciar e conduzir a entrevista da melhor forma. E foi no Bahia Notícias que eu comecei a aprender a ter esse jogo de cintura logo quando entre lá em 2007 como estagiário. Eu trabalhei no Bahia Notícias duas vezes: uma como estagiário e depois voltei como repórter contratado. Apesar de tudo que aprendi lá, divergências – já resolvidas – com a direção do grupo culminaram em minha demissão. Mas independente de tudo, Rcardo Luzbel foi um grande incentivador e sempre acreditou no meu potencial.

 


Nelsinho –  Você hoje trabalha no site Bocão News e na Rádio Itapoan Fm, no Programa Se Liga Bocão. Como esta sendo essa experiência de trabalhar ao lado de  Guto e do apresentador Zé Eduardo ?

 

Rafael – Dizem que o olho do dono engorda o gado. Guto Alves leva esse ditado muito a sério em se tratando do Bocão News. Ele cuida de todos os produtos que envolvem Zé Eduardo (Bocão), mas com certeza o site é o xodó dele. A experiência de trabalhar com Guto é fantástica, pois tenho carta branca para atuar e liberdade para opinar, discordar e sugerir o que for necessário.Mas o grande barato de tudo é a parte de trabalhar com Zé. Percebo que o Bocão News é o grande orgulho dele, mas também um grande motivo de estresse quando as coisas não saem como o planejado, quando alguma notícia ou foto demora de ser postada. Zé é uma criança grande, mas ciente da responsabilidade de ser o maior comunicador popular da Bahia e um dos maiores do Brasil. Reza a lenda que ele não elogia ninguém na frente da pessoa. Acho que é uma tática para o profissional dar cada vez mais de si e contribuir ainda mais para o crescimento do grupo. Ele pode até parecer durão, mas tem um grande coração. E como profissional, é um mestre. É com ele que eu aprendo todos os dias não a ser um jornalista, mas a ser comunicador, a lidar com o povo, a saber entender e falar para o povo. Esse aprendizado é constante e vou aproveitar esse contato ao máximo enquanto eu estiver no grupo Bocão.
Também quero deixar aqui minha satisfação em ter trabalhado e aprendido com três grandes profissionais e amigos, Fernanda Figueiredo, no Bahia Notícias, Fabiola Lima, no Bocão News, e Daniel Pinto, que trabalhou comigo nos dois veículos. Aprendi muito com eles em especial, mas também com os outros companheiros de trabalho.


Nelsinho – Como esta sendo a experiência de comandar todas as sextas o programa Se Liga Bocão na Rádio Itapoan Fm?

 

Rafael – Na verdade eu comando o programa sempre que Zé falta. Geralmente as sextas-feiras e nesse período de final de ano, quando ele tira as férias. A experiência é enriquecedora. Eu entro no estúdio e quando dá 18h e entra a vinheta do programa parece que eu me transformo. Esqueço os problemas e me entrego de corpo e alma a essa atividade que eu sou fissurado. Uma vez o jornalista Moisés Bisesti disse que gostava de fazer TV, mas que o rádio é a cachaça dele. Eu nunca fiz TV, mas já tenho certeza absoluta que fazer rádio é tão prazeroso que virou um vício.

 

 


Nelsinho – O que você acha da política atual ?

 

Rafael – A população, que tem acesso a pouco do que acontece em Brasília e nos bastidores do pode, está desacreditada com relação aos políticos. Imagine nós que lidamos diariamente com as falcatruas perpetradas pelos políticos? Eu acho que temos que renovar os quadros, mas só isso não é suficiente. O povo tem que cobrar mais, ir para as ruas, manifestar, opinar e participar.

 

Nelsinho – O que você acha que falta para que os jovens da região do Subúrbio obtenham o mesmo êxito profissional que você ?  

 

Rafael – Eu sempre morei no subúrbio e enfrentei as mesmas dificuldades que muitos jovens enfrentam atualmente. Mas os meus pais foram fundamentais para minha formação. Lá em casa passar de ano era obrigação e os estudos eram prioridade. Minha mãe nunca admitiu que eu e meus irmãos perdêssemos o ano. Além disso, sempre gostei de estudar e tive vontade de evoluir profissionalmente. Daí as coisas foram fluindo. O principal é a força de vontade. Mas o grande problema é que os jovens se sentem desestimuladas com os poderes públicos, que não ligam para os jovens carentes.


Nelsinho – Em sua opinião, qual o grande problema hoje, do Subúrbio Ferroviário ?

 

Rafael – É difícil destacar o grande vilão do subúrbio, mas alguns problemas que atingem toda a cidade são falta de educação  de hospitais, de infraestrutura e principalmente de transporte público de massa. O trânsito também é uma loucura e deve ser revisto, o que passa pela questão da infraestrutura. O prefeito ACM Neto tem um grande desafio pela frente, pois a cidade está acabada.


Nelsinho – De que forma você através do seu trabalho tenta contribuir amenizar estes problemas ?

 

Rafael – Denunciando o descaso através  De matérias para o Bocão News e botando a boca no trombone no Se Liga Bocão da Itapoan FM. Não tem nada melhor do que você fazer a denúncia de um leitor ou ouvinte e saber no outro dia que o problema foi resolvido. Isso é gratificante pra todo comunicador.

 

Nelsinho – Qual a sua avaliação como Suburbano sobre a exploração da mídia baiana em mostrar somente o lado negativo do Subúrbio Ferroviário ? Isso lhe incomoda ?

 

Rafael – Não penso que somente o lado negativo do subúrbio seja mostrado. E se é mostrado, como eu falei na resposta anterior, é uma forma de denunciar e resolver. E outra coisa, a cidade está violenta e essa e outras mazelas devem ser mostradas. Mas, ao mesmo tempo, tenho plena convicção de que o subúrbio tem lugares lindos, muita festa e um povo carente, mas cheio de alegria.

 

 

Nelsinho – Pensa em ter um programa na Tv ? Qual seria a linha do programa e o público alvo ?

Rafael – Ah, vontade dá e passa, diz um amigo (risos). Meu sonho sempre foi trabalhar em TV. Minha fascinação por câmeras é antiga. Mas tudo tem seu tempo. O meu ainda não chegou. Mas quando chegar, espero contribuir para uma atração popular com bastante prestação de serviço e denúncias, sempre ao lado do povo.


Nelsinho – Qual foi sua melhor entrevista durante esses anos de jornalismo?

 

Rafael – Sem sombra de dúvidas foi com dona Canô. Fui fazer uma entrevista para a webtv do Bocão News de forma despretensiosa e saí de lá de queixo caído com tanta sabedoria e lucidez. Entrevistar Ivete Sangalo também foi muito legal, pois ela sabe deixar o jornalista a vontade. O problema todo é entrevistar político, porque um dia a gente cansa de tanta mentira. Eu estou chegando no limite (risos).

 

Nelsinho – Qual a dica que você daria para as pessoas que estão ingressando na faculdade no curso de jornalismo ?

Rafael – Se dediquem ao máximo e leiam. Leia de tudo, de Scientific American a Playboy.  A leitura abre a mente, traz conhecimento e nos dá   um arcabouço gramatical e de conteúdo inimaginável. Outra dica é correr atrás de um estágio o quanto antes.


Nelsinho – Qual o sonho profissional de Rafael?

Rafael – Atualmente minha pretensão profissional é trabalhar em TV e continuar no rádio.

Nelsinho – E o sonho pessoal?

 

Rafael – Ah, no pessoal não tenho muito o que pedir. Tenho uma família maravilhosa e que me dá total apoio nas minhas decisões. Só tenho a agradecer aos meus pais.



Nelsinho – Como recebe as cantadas de pessoas de mesmo sexo?

 

Rafael – (Risos) atualmente nem tenho recebido cantadas, nem do mesmo sexo e nem de sexo diferente. Estou bastante focado no trabalho. Mas encaro com naturalidade esse lance. Eu nunca me liguei muito nessas coisas. Aliás, para quem não sabe eu também sou formado em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Ufba. Lá se reunia e se reúne a galera de história, psicologia, sociologia, antropologia, política e arqueologia, e a gente não tinha muito essa preocupação. As diferenças la eram só de opiniões, mas todos se aceitavam enquanto cidadãos, seres pensantes, independente do sexo e orientação sexual. Aliás, tem gente que critica o termo “orientação sexual”, mas eu não estou muito preocupado com nomenclaturas.


Nelsinho – O que Rafael não suporta ?

Rafael – Mentira e ingratidão.

Nelsinho – O que significa sua mãe para você? E seu Pai?

 

Rafael – Minha mãe é tudo em minha vida. Sempre me apoiou nos momentos mais difíceis de minha vida. Meu pai é um grande exemplo de caráter. Eles são grandes conselheiros e companheiros para mim.


Nelsinho – O que Deus representa em sua vida?

 

Rafael – Eu nunca fui ligado nesse lance de religião. Mas tenho contato com o catolicismo e tenho muita curiosidade nas religiões de matriz africana. Já frequentei igrejas evangélicas e gostei da experiência. Se tem uma pessoa que pode ser chamada de sincrética e ecumênica essa pessoa sou eu.

 

Nelsinho – Você pratica algum tipo de esporte ?

 

Rafael – Há cerca de pouco mais de um ano descobri o bem que a atividade física provoca. Nesse tempo, comecei a praticar Muay Thai, o boxe tailandês, duas vezes na semana. Mas foi no Hap Ki Do, uma arte marcial coreana, que encontrei minha válvula de escape para o estresse do dia-a-dia. Além de ser uma atividade física fantástica, o Hap Ki Do representa uma filosofia, um estilo de vida. Pratico três vezes na semana e já estou na faixa laranja (risos). Além dessas duas artes, eu malho. Mas tenho muita preguiça de puxar ferro.


Nelsinho – O que gosta de fazer nos horários de descanso ? Baladas ou casa ?

 

Rafael – Não tenho muita paciência pra baladas, pois cubro muitos eventos e fico meio que saturado de multidão e som alto. Curto mais um cinema e praia. Aliás, quem me conhece sabe que sou viciado em praia. Mas curto ficar em casa vendo um filme e de perna pra cima.

 

Nelsinho – O que é necessário para uma pessoa conquistar o seu coração?
Você já foi pedido em casamento ?

 

Rafael – Nunca fui pedido em casamento. Mas estou aceitando currículos (risos). Acho que sinceridade é fundamental numa relação.


Nelsinho – Já sofreu por amor?

Rafael – Quem nunca sofreu, né? Mas essa história é um pouco complicada.

Nelsinho – Você é namorador ?

Rafael – Já fui mais quando era adolescente. Hoje sou mais na minha.

Nelsinho – Se você pudesse voltar o tempo você mudaria alguma coisa da sua vida?

Rafael – Não. Penso que os muitos erros que cometi foram necessários pra eu aprender algumas coisas e conquistar o que tenho hoje.

Nelsinho – Você sabe cozinhar ?

Rafael – Sei e muito. Sei até fazer um feijãozinho, um bife e um frango (risos).

Nelsinho – Qual o lugar que você acha mais bonito do Subúrbio Ferroviário ?

 

Rafael – A praia de São Tomé de Paripe. Depois do Porto da Barra, lá é minha praia preferida, pois é calma, de água morna e uma paisagem fantástica. O subúrbio tem lugares lindos, mas infelizmente é mal explorado, pois está atrelado ao lance da violência. A culpa é do governo e da prefeitura.

 

Nelsinho –  Através do seu trabalho você tem a possibilidade de conhecer diversas pessoas famosas. Você já conseguiu chegar perto do seu ídolo ? Se já como foi? Se emocionou ?

 

 

Rafael – Já sim. Minha primeira entrevista com Ivete Sangalo foi curta, mas marcante. Gosto dela como artista. Tirei foto com ela e a entrevistei duas vezes. Mas meu grande ídolo é o mestre Gilberto Gil. Já o entrevistei duas vezes, mas infelizmente estava sem fotógrafo pra registrar o momento. Mas está marcado em minha memória que eu cheguei perto e entrevistei um dos grandes gênios da música mundial.


Vamos fazer agora uma rapidinha:

 

– Um filme? A vida de David Gale

-Uma frase? Coração de gente é terra que ninguém passeia

-Uma palavra?
 Determinação

-Um lugar? 
Porto da Barra

Um livro?
 O caçador de pipas

Um Perfume?
 Ferrari Black

Gosta de bebida quente ou gelada?
 Uísque

Comida preferida ? 
Todas de azeite. Mas vatapá é meu ponto fraco.

Vale tudo por um amor?
 Não

O que não pode faltar na hora H ? 
Tesão (risos)

Defina Rafael Albuquerque em uma palavra
 – Determinado

Nelsinho – Deixe uma mensagem para os Suburbanos e para as pessoas que acompanham o seu trabalho e se tornaram seus fãs.

 

Rafael – (Risos) eu não posso dizer que tenho fãs. Mas certamente algumas pessoas que acompanham e gostam do meu trabalho no site e na rádio. A todos esses eu agradeço e digo que vou sempre buscar estar do lado do povo denunciando o que estiver errado. E quero agradecer a você, Nelsinho, pela oportunidade de falar sobre minha vida profissional justamente aqui no Subúrbio News, um veículo voltado justamente para a região onde moro. Muito obrigado!